Simone Paim pode não ser mais a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STTAR). No último dia 22, ela foi eleita com apenas oito votos à frente de Lucile Santos – a Leninha, que encabeçava a Chapa 01. Foram 1617 contra 1609. Entretanto, uma urna deixou de ser apurada e pode mudar o resultado divulgado.
Uma decisão da 3ª Vara do Trabalho de Petrolina requer que sejam validados, contados e computados os votos da urna número 47, do pleito eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina no quadriênio 2017/2021, declarando-se como chapa vencedora aquela que obtiver o maior número de votos.
O texto diz que “houve regular impugnação ao processo de apuração dos votos por parte do advogado da Chapa 01” e “pedido da recontagem dos votos, sem que tenha havido pronunciamento da comissão eleitoral, o que implica em grave irregularidade que compromete a lisura e transparência do processo eleitoral”.
Dessa forma, o Juiz do Trabalho, George Sidney Neiva Coelho, acolheu parcialmente a medida postulada, determinando que sejam sustados os efeitos da proclamação da chapa vencedora por parte da mesa apuradora, determinando que esta delibere, em cinco dias, sobre a impugnação apresentada pela Chapa 01.
Simone é, atualmente, diretora de assalariados da gestão sindical e assumirá a gestão do STTAR ao lado de Francisco Aderbal, mais conhecido como Brando que integra o Conselho Fiscal da atual diretoria. Em entrevista ao Nossa Voz, ela disse que todo o processo eleitoral foi bastante difícil, mas agradeceu a todos os eleitores pela escolha. “Falar da eleição não é fácil. Foi complicada porque não tínhamos recursos para fazer a campanha, mas ela foi feita pelo trabalhador. E a gente tem propostas, a outra chapa tinha também propostas, mas os trabalhadores que escolheram”, destacou a vencedora.
Polêmica
Em entrevista ao Nossa Voz durante a campanha eleitoral para o STTAR, a atual diretora de Políticas para as Mulheres, Lucilene Santos – a Leninha – que tentava a vaga na presidência, pela Chapa 01, disse ter sido confundida com Simone Paim em boatos de que ela depôs contra um delegado sindical. A futura presidente negou a acusação. “Eu fui lá, resolvi o problema e ele foi reintegrado. Eu fui lá [depor] sob juramento e não houve a intenção de prejudicar. Há interesses políticos nisso. Porque ele [trabalhou que fez a acusação] não apareceu antes [da época de eleições]?”, questionou.
De acordo com a ata da audiência com processo nº 0001112-77.2016.5.06.0413, expedida pelo Juiz do Trabalho George Sidney Neiva Coelho, em 29 de junho de 2017, tendo como réu o senhor Luiz do Nascimento Neto, a testemunha Simone da Silva Paim Santos depôs que “algumas vezes recebeu ligação do preposto dando conta que o autor estava, na condição de delegado sindical, criando tumulto na empresa […]”.
Grande Rio FM
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