VALE EM FOCO

Precisamos de uma vida inteligente dentro do jornalismo



Todos os dias a gente liga a TV, navega na internet, liga o rádio para ouvir uma musiquinha, passa em frente a uma banca de revistas e... Pronto! Ela está lá sorrindo para você. Quem? A NOTÍCIA!

Sim, a notícia! Sempre chegando até nós por diversos meios, diversas formas, diversas vozes, enfim, diversas narrativas! Às vezes chega sem pedir licença, entra de “bicão”, invade nossa festa ou nossa zona de conforto, Mas, pare e pense: o que seria de nós sem ela?” E hoje em dia temos uma diversidade de formatos e multimeios para se obter a notícia. Porém, quero chegar agora ao cerne dessa minha crônica: quero falar do jornalista! Ah... Esse cara (ou na maioria das vezes, essa guria!) com dedos afiados no teclado do computador, com uma cabeça cheia de ideias, porém, sendo cobrado por uma voz quase terrorista a lhe pedir agilidade e presteza em seus serviços. É a figura daquele chefe de redação totalmente metódico e calculista que pega nossa matéria num primeiro ato, faz um comparativo lendo a pauta e o resultado e rasga tudo ou faz uma bolinha de papel dizendo: “- isso não vai dar retorno, precisamos de algo mais apelativo, algo que chame a atenção e que seja vendável...-“ Pronto! O repórter reescreve tudo o que dantes tinha feito com conceitos e valores éticos formais e profissionais para uma forma de “midiação” mais apelativa, bizarra, pitoresca e às vezes de mau gosto, o que leva ao leitor imaginar tudo, menos... o que essa notícia tem a ver com minha vida de trabalhador? No que essa alta do dólar vai afetar direta ou indiretamente nas minhas compras do fim do mês? Em que essa emenda parlamentar ou esse decreto presidencial vai influir na vida de meus filhos daqui para frente? O leitor nessa hora pensa de tudo, menos nele mesmo. 

O noticiário em todas as suas formas precisa urgentemente remeter mais ao povo brasileiro. Precisamos ser menos circunstanciais ou factuais para sermos mais servientes ao dia à dia do povo brasileiro. A gente vê muitas matérias que apresenta até eventos diários, hilários, curiosos, mas, pouco relacionadas ao real significado do que estas verdadeiramente importam para o país. Quer ver algo curioso? Em certas coberturas de economia, por exemplo, a gente vê algo até mais positivo no tocante a informação direta e precisa ao leitor que se preocupa com as contas do mês. Quando estas matérias falam de inflação elas falam da classe trabalhadora! É direto e formal. Quando se fala da instabilidade da moeda se fala de Brasil. Quando se fala do índice de emprego ou de desemprego se fala do Brasil. Mas, quando eu leio certos noticiários políticos... Pasmem! Parece que a gente está lendo algo que às vezes entra na esfera do surreal (risos...). Tem muito pouca preocupação por parte do jornalista em relacionar a sua notícia com a forma prática do impacto que isso influenciará na vida do povo brasileiro. O que isso significa? Para onde o país vai? Enfim, o noticiário político das grandes mídias (excluam-se aqui os blogs...) está muito comprometido em termos de bastidores, conchavos políticos para se cooptar dinheiro público para se manter e acabam se esquecendo que as pessoas que leem, assistem seus telejornais ou ouvem suas emissoras de rádio-jornalismo querem saber o que aquele episódio noticiado em pauta significa para o país. Enquanto esses grandes veículos de comunicação deixam a desejar nesse quesito, os “blogs de fake news” fazem a festa e que estrago fica no final! 

Jornalismo além de informação é vida! É a narrativa de fatos que direta ou indiretamente afetará de alguma forma nossas vidas. É preciso mais inteligência e prestatibilidade no jornalismo do que tricas e futricas de editores ensimesmados com suas opiniões tendenciosas ao bel agrado de seus “acionistas informais” que são capazes de “vender até suas mães” para manobrar o pensamento coletivo de uma nação, a saber, o Brasil. Sejamos mais criteriosos.
Segue o fluxo gente amiga!



ERRY JUSTO.
Radialista e Jornalista.

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