Não tem sonho maior para uma mãe do que ver sua filha poder andar", é o que diz a aposentada Maria Lídia de Oliveira, mãe de uma garotinha de 10 anos que possui osteogênese imperfeita, também conhecida como síndrome dos "ossos de vidro". Mãe e filha moram em Juazeiro, no norte da Bahia, e têm em comum a doença que deixa os ossos fracos. A menina já teve 20 fraturas, enquanto a mãe já fraturou os ossos mais de 100 vezes.
A última fratura que a garota teve foi em novembro do ano passado, quando ela precisou fazer uma cirurgia para implantar duas hastes nos ossos das duas pernas. O problema é que após a cirurgia, Andreza precisa de um andador no valor de R$ 3 mil, mas a mãe não tem condições de comprá-lo. Diante da situação, ela resolveu vender rifas e coxinhas para poder adquirir o equipamento para a filha, que desde a cirurgia, no final de 2016, se locomove apoiada em uma cadeira de rodas.
"Quando você não pode sozinho, busque aquele que pode fazer com você. Vendo aos amigos, busco amigos que nos ajude a vender, o pessoal da minha igreja está vendendo. Nós estamos na luta", relatou Maria Lídia. Além de ter que ajudar a filha a superar todas as dificuldades, Lídia ainda precisa conviver com a doença. "Tive minha primeira fratura com 17 dias de vida. Fraturei o meu braço. Aí foram muitos anos e muitas fraturas. Com oito anos eu não conseguia mais andar", relatou.
Com muito amor e uma vida simples, mãe e filha buscam romper as dificuldades para seguir com as atividades diárias. Apesar das limitações, Andreza se locomove pela casa, acompanha a mãe na venda das coxinhas e frequenta a escola normalmente. Ela está fazendo o quarto ano do Ensino Fundamental e tem boas notas na escola. "Quando eu crescer, quero ser veterinária. Minha mãe disse que para ser veterinária tem que estudar muito", diz. (G1 Bahia)