Desta vez a mais recente vítima foi a representante comercial Daniele Bezerra Cardoso (foto). No último sábado (13) ela foi com o marido a um local conhecido como ‘Olho do Gato’, localizado nas imediações das Travessias do Almizão e do Juarez. Segundo Daniele, o balneário é bastante frequentado – inclusive por muitas famílias e crianças.
Ao entrar na água, poucos minutos depois ela foi atacada. Com um dos dedos do pé sangrando bastante, Daniele foi encaminhada a um hospital particular da cidade. “Só não perdi o dedo porque a mordida, por pouco, não atingiu o osso”, contou.
O que mais chamou a atenção, segundo ela, foi o fato de que estava na parte rasa do rio. “Se eu tivesse mais longe da margem, até eu me deslocar elas poderiam ter me atacado mais ainda”, comentou Daniele.
Alerta
Ela revelou ainda ter tomado conhecimento de que outras pessoas frequentemente estão sendo atacadas por piranhas no balneário, mas os donos de restaurantes do local não estão alertando os banhistas. “Tanto é que no dia em que fui mordida, um barraqueiro já veio me atender com uma caixa de primeiros socorros”, disse. Ainda um pouco traumatizada, a representante comercial cobra providências das autoridades competentes.
Por ser um peixe voraz, predador e que ataca em cardume, Daniele acredita que as piranhas podem estar sendo atraídas por conta de restos de comidas despejados no rio, ou mesmo pelo desequilíbrio ambiental. “É perigoso, é um risco e as pessoas precisam ser alertadas. Acho que a prática do banho ali já deveria ter sido proibida. Tenho uma filha de cinco anos e não quero jamais que isso aconteça a uma criança”, desabafou.
Bombeiros
Em contato com o 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros (4º GCB), a reportagem ouviu o capitão Fábio Silva. Ele explicou que a corporação tem apenas dois guarda-vidas que trabalham do lado da Ilha do Rodeadouro (oposto ao Olho do Gato), onde ainda não foi registrada nenhuma ocorrência desse tipo. O capitão argumentou ainda que, devido ao pouco efetivo, é impossível atender a toda a demanda desses balneários, mas adiantou estar tentando uma parceria com a Prefeitura de Petrolina para monitorar as principais ilhas. E, se for o caso, delimitar a área de banho por conta do problema.
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