VALE EM FOCO

Fluminense supera Flamengo e é campeão da Taça Guanabara



O técnico Abel Braga tinha um só meio de fazer com que o seu Fluminense superasse o bem montado e eficiente Flamengo de Zé Ricardo.

Impor velocidade e levar o desconforto à linha de quatro defensiva do adversário.

Era o que lhe restava, ao perder o meia Gustavo Scarpa, seu melhor jogador.

Mas era também o que o animava, depois de ver e rever alguns jogos do rubro-negro...

Depois de trocar ideias com analistas de sua comissão...

E depois de ouvir as impressões de quem já havia enfrentado o Flamengo em 2017.

CERCOU-SE, portanto, de informações variadas para a escolha da estratégia.

Trouxe para si o foco do confronto e assumiu a responsabilidade do resultado nessa final.

Jamais se queixou da falta de sorte por perder seu camisa 10, ou dos imprevistos da desgastante viagem de volta ao Rio após o jogo contra o Sinop, em Mato Grosso.

Nada!

Em suas palavras, sempre demonstrou confiança no time de meninos montado por mera necessidade, mas à feição para a afirmação de suas convicções.

O FLUMINENSE levou a Taça Guanabara sem vencer o Flamengo no tempo normal, mas o 3 a 3 do placar veio, justamente, por sua ousadia.

Abel abriu dois pontas, com Henrique Dourado entre Vaz e Rever, pôs o volante Pierre na "cola" de Diego e fez do lateral Lucas sua maior surpresa.

O jogo ficou aberto e o gol logo aos 5m exigiu que o Flamengo se lançasse à frente, expondo os volantes.

Diego, vigiado, obrigou Rafael Vaz a buscar a ligação direta e o rebote gerou contra-ataques.
Tudo como Abel havia planejado.

Tudinho!

MESMO ASSIM, não foi fácil.

Foi, sim, um jogaço!

Uma festa linda das duas torcidas.

E ainda que se critique o exagero em cruzamentos e lançamentos, o Flamengo teve mais posse (54 a 46%) e melhor desempenho nos fundamentos de ataque.

Se Rever e Vaz não errassem as cobranças de pênaltis, muitos estariam a elogiar a capacidade de reação de Guerrero, Diego, Arão e cia.

Perdeu o título estratégico no planejamento, mas Zé Ricardo pôde ver que há erros a corrigir para a Libertadores.

E ABEL BRAGA?

Bom, esse aí, com 64 anos de idade e mais de 20 títulos na carreira, mostra, sobretudo aos mais radicais, que a competência não se mede pela data de nascimento....

Por: Gilmar Ferreira 
Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/gilmar-ferreira/minhas-impressoesfluminense-campeao-da-taca-guanabara-de-2017-21016175.html#ixzz4aWJgDi4d
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