NOVO MODELO DE AGIOTAGEM ENGANA QUEM ESTÁ NO VERMELHO

"Passe R$ 600. Receba R$ 500”. Uma rápida passagem pelas ruas da capital baiana é suficiente para ver centenas de cartazes anunciando empréstimos fáceis através do cartão de crédito. Na Garibaldi, por exemplo, em 200 postes o CORREIO viu mais de 150 cartazes.

A comissão paga pelo serviço, entretanto, em algumas situações ultrapassa 20%. “Se você quer R$ 500, passa R$ 600 em uma vez na minha maquininha ou R$ 620  em duas vezes e R$ 650 em três vezes. É como uma compra, só que o produto é o dinheiro”, explicou um operador do esquema, acrescentando que o teto do empréstimo depende apenas do limite do cartão do consumidor. 


“É um pouco ilegal, né? Mas só toma empréstimo quem está precisando. Se a gente cobrar só 12% não ganhamos quase nada. Só da máquina a gente paga 9%. Só é ilegal mesmo quando é acima de 20 ou 30%, mas 20% é normal”, declarou um dos operadores que cobra comissão de até 20%. Ele disse atender entre 30 a 40 pessoas ao mês no segundo contato, quando soube que estava falando com a reportagem do CORREIO.  “É uma questão de oferta e demanda, justificou outro.

Apesar do Procon-BA não ter registrado queixas, ele ressalta que a operação pode ser denunciada em diversos órgãos e pode ser configurada como agiotagem – prática ilegal que oferece dinheiro fácil com juros mais altos do que os praticados pelos bancos e financeiras, em torno de 12% a 40% ao mês.


CORREIO DA BAHIA



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