VALE EM FOCO

Após polemicas gestão municipal entrega novas ambulâncias "que estavam escondidas" para o SAMU de Juazeiro


Em nota a SESAU disse que o prefeito Paulo Bomfim entrega na manhã desta terça-feira (13) 4 novas ambulâncias para os  atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência/SAMU. A solenidade dos novos veículos acontecerá às 09h no Paço Municipal. Só esqueceram de falar que as ambulâncias já estavam paradas escondidas em um galpão. Fica o questionamento, do que adianta ter novas ambulâncias se não tem condutores e nem manutenções preventivas? 

Veículos novos não resolvem até pq essas ambulâncias rodam 24 horas por dia 7 dias por semana 30 dias no mês 365 dias no ano esses carros precisam ser feitas as manutenções mensais em dias pq se fizermos essas contas aí..no mínimo de 3 em 3 meses tem que ser feita a troca de óleo que é o essencial, coisa simples e que muita das vezes não acontece.

O vereador Allan Jones levou até a câmara de vereadores da cidade essa denuncia, onde médicos do SAMU falam sobre a falta de médicos, enfermeiros, condutores sem contar a falta de material para trabalhar, veja:

Ao
Ministério Público do Estado da Bahia
Conselho Regional de Medicina da Bahia
Sindicato dos Médicos da Bahia
Central de Regulação de Leitos
Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro (BA)
Poder Legislativo Municipal – Câmara de Vereadores de Juazeiro (BA)

Fazemos saber que o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) - Juazeiro divulgou escala médica do mês de novembro e foi observado desfalque importante de médicos, em que o plantão funciona com apenas 3 médicos em diversas oportunidades (quando o legal seriam 4 profissionais), conforme escala anexa. Observamos desfalques também na escala dos enfermeiros que legalmente seriam 2 e em alguns dias tem ficado apenas 1. Esta situação desassiste a população do município de outras cidades, visto que o SAMU é regionalizado e é responsável também por transferências de alta complexidade de outros municípios (Casa Nova, Curaçá, Sento Sé, Uauá, Sobradinho, etc.) para o complexo
Juazeiro/Petrolina. A realidade de 3 médicos por plantão está descrita de forma clara na escala publicada pela coordenação do serviço. Não é raro verificarmos ainda desfalque no quadro de condutores das ambulâncias, ficando apenas 1 condutor para as 2 ambulâncias avançadas, com isso impedindo que as duas operem simultaneamente. Acrescentamos que no período da manhã contamos com apenas 1 TARM – Telefonistas ou Técnico Auxiliar de Regulação Médica (quando legalmente seriam 3), o que retarda
a resposta às demandas. Os desfalques se dão por férias, pedidos de exoneração, demissões, licenças e outros motivos, sem a devida
substituição.

Somado ao exposto, explicitamos que o funcionamento do serviço está muito aquém do que é previsto e custeado com os recursos públicos. O efetivo total de ambulâncias seriam 7 (2 Unidades Avançadas e 5 Ambulâncias Básicas) e repetidamente os plantões funcionam com apenas 2 ou 3 ambulâncias básicas nos cenários mais favoráveis, conforme registros nos livros médicos e de enfermagem. Essa situação tem se alastrado há anos, inclusive com denúncias prévias.

Do ponto de vista estrutural, a base está numa situação indigna, não temos gravador de ligações (ferramenta essencial para proteção do médico-regulador e da população que solicita os serviços), a manutenção preventiva das ambulâncias não é realizada, sem falar da péssima qualidade do sistema de rádio dos veículos. Não há fornecimento de EPI (macacões, botas) para todos os funcionários, os equipamentos de suporte avançado de vida sucateados e, por vezes inapropriados para situações específicas, como transporte de recém-nascidos.

Diante da situação levantada, registramos os fatos para que os órgãos responsáveis tomem as providências de forma breve, para que o SAMU siga prestando serviços de forma adequada aos usuários.

O SAMU é um serviço essencial, realizando o atendimento pré-hospitalar de urgências e emergências, e precisa de respostas tão rápidas quanto os casos de emergência que atende. Pedimos socorro! E para esta situação, não podemos recorrer ao 192.

Juazeiro (BA), 06 de novembro de 2018

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